segunda-feira, 28 de março de 2011

Tipografia

Origem

A oralidade existe na humanidade desde seus primórdios. No entanto, a cultura escrita surge com a escrita suméria, gravada em cuneiforme que é paralela a utilização dos hieróglifos pelos egípcios. A busca por uma forma de registro escrito ocorreu devido as necessidades administrantivas da sociedade.
A escrita suméria foi criada pelos Sumérios na antiga Mesopotâmia em 3500 a.c. Ela foi denominada cuneiforme devido aos “símbolos” serem gravados nos diversos materiais através de glifos que tinham formato de cunha. Inicialmente, esta era feita por marcas simples e abstratas gravadas em tábuas de argila e utilizava-se a verticalidade como padrão de leitura.
A cuneiformidade proposta pela escrita suméria serviu de base para muitos outros povos escreverem seus próprios idiomas. Esta escrita, começou com um sistema pictográfico, no qual cada objeto representava uma ideia.
Com o tempo se desenvolveu, na escrita sumérica, o uso de sequências horizontais que ofereciam a possibilidade de rodagem dos pictogramas durante o processo e a utilização de uma nova ferramenta que tornou o processo mais rápido. É interessante destacar que para prover um registro permanente as tabuletas de argila deviam ser cozidas em fornos.
Hoje, até mesmo para os especialistas, é muito complicado decifrar a escrita sumérica ainda existente. Isto se deve ao fato de que na escrita sumérica cuneiforme não havia um padrão de símbolos para significar um mesmo elemento.

Egípcios

O alfabeto egípcio surgiu em 1500 a.c. Era composto por 23 a 24 caracteres fonéticos que representavam as consoantes. Apesar de criar este alfabeto, em detrimento do lado estético e mágico presente nos hieróglifos, os egípcios nunca substituiram estes pelos fonemas criados por eles.

É importante destacar que estes caracteres criados pelos egípcios são a base do alfabeto que utilizamos atualmente.



Fenícios

Os fenícios adaptaram em 1000 a.c. o alfabeto fonético egípcio para uso prático. Isto ocorreu devido a praticidade e superioridade em termos de completude em relação a escrita cuneiforme baseada em pictogramas.



Gregos

Os gregos adicionaram as vogais ao alfabeto fenício gerando desta maneira o alfabeto jónico, que foi padrão de referência para a Grécia Clássica. Os fonemas que representavam as vogais eram anteriormente símbolos fenícios sem valor fonético.
Diferentemente dos outros povos, os gregos já escreviam da esquerda para a direita.

A seguir o alfabeto passou para os etruscos, que teve sua cultura como base da cultura latina.



Romanos

Os romanos, durante a expansão territorial promovida por eles, já habituados a assimilar elementos das culturas estrangeiras adapataram o alfabeto grego/etrusco a sua própria língua e fonética.
Além disso, eles aperfeiçoaram ferramentas de trabalhar a pedra desenvolvendo assim as patifas ou serifas, já que as letras romanas eram esculpidas na maior parte do tempo.
Eles ainda desenvolveram diversos tipos de letra:
- Capitalis Quadrata (versais cinzeladas em pedra; lápides…);
- Rústica;
- Cursiva (documentos em papiro et al.);
-Redonda ou Uncial (Utilizada na Idade Média e é a evolução da Capitalis Quadrata mais arredondada… Utilizada por Escribas Latinos e Gregos).



O alfabeto romano é o que usamos atualmente, tanto foneticamente quanto em relação a forma e estética da escrita.

Proposta I

Tive muita dificuldade em executar a proposta I. Havia escolhido a música e sabia o que ela me passava e o que eu deveria transmitir através da composição, mas não consegui formular a proposta.
Após conversa com o professor passei a observar mais os elementos básicos da comunicação no dia a dia. Desta forma temtei captar da melhor maneira o que o era observado em questão de elementos e o que eles, em conjunto, me transmitiam.
Finalmente, consegui executar a proposta I.
Escolhi a música firework de Katy Perry, que me transmite enrgia positiva, esperança, liberdade e uma busca constante de simplesmente viver e ser feliz com o que se tem.
Como elementos visuais utilizei a linha por sua uma enorme energia. Para mim, ela representa a inquietude da busca pela felicidade simples e da aceitação própria que a música sugere.
Apesar de ser uma busca a música reforça o fato de sermos completos com o que nós somos de sermos decisivos e termos propósito e direção assim como a linha.
As formas circulares propostas na composição transmitem infinitude, calidez, proteção e a referência horizontal-vertical externaliza a sensação de bem-estar e maneabilidade presente na música em relação a nós mesmos.
As cores escolhidas para a composição englobam o amarelo, é a cor que se considera mais próxima da luz e do calor, o vermelho - mais ativa e emocional; o azul é passivo e suave. Estas se relacionam com as emoções passadas pela música e estão em presentes em diversos tons.
Além disso, as técnicas utilizadas por se enquadrarem nos sentimentos propostos pela música principalmente foram: profusão (detalhamento visual de formas básicas, ornamentação, enriquecimento visual, poder, riqueza), exagero (profusão, extravagância, intensificação, amplificação), espontaneidade (falta de planejamento, impulsividade, liberdade, participação, movimento) e acaso (ausência de planejamento, desorganização intensional ou acidental, naturalidade, liberdade).



quarta-feira, 23 de março de 2011

Técnicas de Comunicação Visual

A comunicação visual se utiliza de técnicas para conseguir transmitir aquilo que se deseja em um projeto visual. As chamadas técnicas de comunicação visual estão presentes em todas as experiencias visuais, sejam elas utilizadas de maneira correta ou não. Elas auxiiam no controle do que se objetiva ao passar as informações e na transmissão destas mensagens. Além disso, elas influenciam na compreensão, interpretação e percepção do usuário do conteúdo.

Equlibrío: harmonia e estabilidade.



Instabilidade: ausência de equilíbrio, inquietação, provocação e movimento.



Simetria: equilíbrio axial, lógica, simplicidade e estático.



Assimetria: equilíbrio precário (compensação), emoção, complexidade e movimento.



Regularidade: uniformidade, ordem, constante, invariável e rigidez.



Irregularidade: inesperado e insólito.



Simplicidade: ordem, imediatez, uniformidade.



Complexidade: desorganização e poluição visual.



Unidade: diversos elementos formando uma totalidade, equilíbrio e harmonia.



Fragmentação: decomposição de elementos de um conjunto, movimento, estímulo e variedade.



Economia: unidades mínimas, pobreza e pureza.



Profusão: detalhamento visual de formas básicas, ornamentação, enriquecimento visual, poder e riqueza.



Minimização: máxima resposta a partir de elementos mínimos.



Exagero: profusão, extravagância, intensificação e amplificação.



Essas foram portanto algumas técnicas e suas exemplificações.
Percebemos através dos exemplos que as técnicas estão presentes nas composições visuais seja de forma consciente ou inconsciente. Além disso, elas tem enorme influência na compreensão feita pelos indivíduos daquilo que se quer passar através da composição.

terça-feira, 22 de março de 2011

Elementos Básicos da Comunicação Visual

Os elementos básicos da comunicação visual diferem dos meios de expressão existentes como argila, madeira, etc. Estes elementos são a origem de tudo que vemos, visto que, tudo que observamos em nosso cotidiano é composto por eles, ainda que não nos demos conta.
São eles o ponto, a linha, a forma, a direção, o tom, a cor, a textura, a dimensão, a escala e o movimento. Apesar de serem poucos, a cominação entre esses elementos resulta em inúmeras composições que dependem da presença e da força com que estes fatores se encontram.
Esta questão se relaciona diretamente com a teoria da Gestalt, pois apesar de esta dizer que deve se ver as coisas como um todo, a teoria afirma que neste conjunto devem ser observadas as formas que em interação resultam no conteúdo final que vemos e que se alteradas modificam todo o conjunto.
Ainda se acredita que a melhor forma para analisar um objeto, acontecimento, etc é a desconstrução. Através da análise das partes e elementos básicos da composição é que se é possível obter uma real compreensão do todo.

Os elementos visuais são:

- Ponto: é a unidade de comunicação visual mais simples existente. Sua natureza se caracteriza por ter “grande poder de atração visual sobre o olho, exista ele naturalmente ou tenha sido colocado pelo homem em resposta a um objetivo qualquer”. Os pontos formam qualquer exensão visual, que quanto mais complexa for, mais pontos possui.
Quando avistamos os pontos em um processo automatico os ligamos, logo os pontos são objetos que podem direcionar o olhar e o jeito de vizualizar as imagens.
Também quando justapostos ou em quantidade, os pontos podem criar uma ilusão de tom ou de cor.
Outra característica que define este elemento básico é que quando mais próximos os pontos estão, maior a capacidade de chamar atenção do olhar.

- Linha: quando os pontos estão extremamente próximos é impossível diferenciá-los o que causa maior sensação de direcionalidade e o transforma em linha. Outra classificação possível para uma linha é um ponto em movimento.
A linha pode-se dizer, tem uma energia própria, nunca é estática. Ela representa nas artes visuais o propósito da por ser é decisiva, leva a algo definitivo, indica um caminho. Este elemento pode ser : impreciso e indisciplinado, delicado e ondulado, nítido e grosseiro, hesitante, indeciso e inquiridor ou pessoal, depende a forma e em que situação o artista a utiliza.
Apesar da linha não estar presente na natureza, ela aparece constantemente no ambiente em que vivemos.

- Forma: A linha por sua vez leva a contituição da forma.
Existem três formas básicas: o quadrado, o círculo e o triângulo eqüilátero.
Ao quadrado está associado “enfado, honestidade, retidão e esmero; ao triângulo, ação, conflito, tensão; ao círculo, infinitude, calidez, proteção.”
A partir destas formas são constiuídos os elementos e encntros na natureza e vida cotidiana.

- Direção: Existem três direções visuais básicas que encontramos: o quadrado, a
horizontal e a vertical; o triângulo, a diagonal; o círculo, a curva. Cada uma das direções passa um significado para o homem. A horizontal e vertical transmite bem estar e meleabilidade, a diagonal passa instabilidade, a curva repetição e abragencia de informações.

- Tom: A intensidade do uso das linhas leva a haver certa obscuridade ou claridade daquilo que está representado. É através destas variações de tom, que derivam também da variação de luz presente, que observamos a complexidade de informação presente em uma composição. Vemos aquilo que é escuro porque se sobrepõe ao claro, ou vice-versa. Ou seja, é desta maneira que percebemos as diferentes informações contidas na composição.
A utilização dos tons facilita a visualização das dimensões.
“O valor tonal é outra maneira de descrever a luz. Graças a ele, e exclusivamente a ele, é que enxergamos.”

- Cor: A cor está associada as emoções. Ao contrário do que pensamos, ela não é apenas um elemento decorativo, mas está carregada de inrformação. Está relacionada tanto com os elementos cotidianos como a natureza, assim como é carregada de valores simbólicos, por exemplo: Vermelho significa perigo, amor, calor e vida, e talvez mais uma centena de coisas.
A cor tem três dimensões: matiz, saturação e brilho.

- Textura: A textura é diferente em relação aos outros elementos, pois é mais sensível ao tato, ele transmite sons através de uma interpretação que resulta numa textura ótica. A textura deveria funcionar com uma experiencia sensível e enriquecedora, o que não ocorre ao não podermos tocar as peças em museus, por exemplo.

- Escala: este elemento é identificado pelo processo de modificação e definição dos elementos visuais. No campo visual, seria a relação de dimensões entre duas ou mais formas. A escala é visulaizada não só através do tamanho das formas visuais, mas também através da relação entre campo e ambiente. No design, quando se tem relação com conforto e adequação, a escala está associada as proporções humanas

- Dimensão: Sua representação depende da ilusão, mas no mundo real ela existe e podemos não só senti-la como vê-la. É dominante em qualquer material em que se lide com volume tortal e real.
A ilusão pode ser utilizada de várias formas mas a principal delas é através da perspectiva.

- Movimento: Este elemento se encontra normalmente implícito no modo visual, se projeta tanto psicologica quanto cinestesicamente na informação visual que recebemos.

O que se pode concluir é que todos esses elementos, o ponto, a linha, a forma, a direção, o tom, a cor, a textura, a escala, a dimensão e o movimento são onipresentes nos meios visuais. São características fundamentais para as comunicações visuais. Transmitem informações de forma fácil e direta, através da observação visual.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Teoria Gestaltica

A Psicologia da Gestalt foi desenvolvida por Chrinstiam von Ehrenfels, filósofo e psicólogo. Ela estuda as sensações ocorridas através das percepções de espaço-forma e tempo-forma.

A teoria afirma que não existe conhecimento do todo através de suas partes, mas sim das partes por intermédio de um todo. E que só através da formação e entendimento de uma ideia de totalidade é que o cérebro pode realmente detectar, decifrar e compreender uma imagem ou um conceito.

Nos anos 30 e 40 a teoria Gestalt teve o conceito de percepção visual aplicado principalmente por Max Wertheimer, Wolfgang Köhler, and Kurt Koffka. Estes, se concentraram em estudar em como a percepção dos homens se dava em relação a objetos inteiros e suas partes, e desenvolveram a partir destes estudos leis da percepção organizacional.

Estas leis facilitam a compreensão das imagens e idéias. São conclusões sobre o comportamento natural do cérebro, quando atua no processo de apreensão das formas.

As leis:

Lei da proximidade: esta lei diz que de acordo com a disposição de objetos em relação à proximidade formam se grupos em nossa interpretação. Quando estes estão próximos entre si são percebidos por nós como grupos.



Lei da similaridade: ela fala que se objetos similares de encontram dispostos num mesmo espaço estes são observados por nós como parte de um grupo. Os elementos são divididos em grupos de acordo com a semelhança que possuem.



Lei da pregnância: esta trata do fenômeno ocorrido entre uma figura e seu fundo. Ela afirma que os objetos num ambiente são vistos o mais simples possíveis. Segundo esta lei, tendemos a simplificar aquilo que vemos naturalmente. E quanto mais simples, maior assimilação.



Lei da continuidade: esta lei relaciona a similaridade de direções, alimentos e formas com a facilidade de percepção e compreensão. Esta lei de liga principalmente ao alinhamento das formas que quando estão alinhadas parecem relacionados entre si.



Lei da clausura: a lei da clausura ou fechamento afirma que boas formas constituem uma figura delimitada. É como se uam figura que não está completa se tornasse devido a nossa aptidão visual.



A teoria da Gestalt estuda, portanto, a percepção e a sensação de movimento e como estas são recebidas pelos indivíduos.
Além disso, é importante destacar que ela atenta aos designers que é mais positivo pensar em seus projetos como estruturas inteiras do que pedaços de informações que se ligam, já que a percepção humana é feita através do todo.