quarta-feira, 15 de junho de 2011

Proposta 4 - Ilustração Infográfica

De acordo com a última proposta de trabalho para a disciplina de Design e Comunicação Visual, os alunos deveriam desenvolver uma infografia a partir de um tema de sua escolha. Nesse caso, trabalhamos em dupla (Roberta de Arruda e Carmem Buonocore) e optamos por criar uma infografia sobre os vinhos do Porto.

O objetivo da Infografia é trazer informações sobre os vinhos do Porto e, além disso, apontar o índice de consumo desses vinhos em escala mundial. Assim, fomos ao Museu do Vinho do Porto e decidimos trabalhar com o principais: Vinhos Brancos, Vinhos Tintos, Vinho do Porto sem data de colheita (Ruby, Vintage Character, Tawny, Tawny com indicação de idade) e os Vinhos do Porto sem data de colheita (Vintage, LBV – Late Bottled Vintage e Colheita) .

Inicialmente, fizemos o esboço apresentado abaixo:


Após isso, fizemos uma pesquisa a respeito de cada vinho e sintetizamos as informações a fim de que ficassem agradáveis ao layout que construiríamos posteriormente. Consideramos importante salientar que nossa ideia inicial era trabalhar com um gráfico que apresentasse informações a respeito dos vinhos mais bebidos em Portugal. No entanto, devido a dificuldade em encontrar tais dados, resolvemos trabalhar com o índice de consumo de vinhos do Porto no mundo, o que ,enfim, nos pareceu uma ideia mais interessante e completa. Descobrimos que a França lidera o ranking com uma porcentagem de 28,4 e optamos por colocar uma escala até o 11º país, o qual é o Brasil, com 1,3%, juntamente com a Espanha, que fica em 10º lugar.

Em sequência desenvolvemos o layout e finalizamos nossa infografia, a qual se apresenta abaixo:



Por fim, gostaríamos de ressaltar que para o bom desenvolvimento do trabalho foi preciso estudar várias ideias antes de começar a produção gráfica. Após isso, foi fundamental a atenção a posições de imagens e texto, bem como o melhor modo de transmitir a informação através da infografia.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Exemplos de infografias estáticas - proposta 4

Em conjunto a realização da proposta 4, que se encontra em processo de execução, foi solicitada uma recolha de exemplos de infografias:






















terça-feira, 3 de maio de 2011

Proposta 2 - Memória descritiva

No poema de Ricardo Reis as fontes utilizadas foram: Windsong, AdineKirnberg-Script e ChopinScript. Ambas foram utilizadas por pertencerem a um grupo de fontes com caráter clássico e portanto representarem a suavidade caracterizada pelo poema. Tentou-se retratar desta forma, a cena da mulher sentada a beira do rio.

A saia foi composta pela palavra Carpe Diem que representa forte característica de Reis como poeta. Foi escrita com a fonte AdineKirnberg-Script e com a cor rosa devido a feminilidade da mulher.

O rio foi composto pela fonte Windsong e pela cor azul afim de se ressaltar a suavidade e calmaria e remeter a água.

Já a fonte ChopinScript foi utilizada na representação das pernas da mulher sentada a beira rio. Esta foi formada através das palavras Estoicismo e Epicurismo que são fortes características do heterônimo de Fernando Pessoa.

É fundamental ressaltar que obtive dificuldades ao retratar este poema em relação à habilidades técnicas e que o resultado final não foi o esperado.


A segunda composição foi baseada no poema de Alberto Caeiro. Ela se fundamenta tanto no poema quanto nas principais características do autor. As fontes utilizadas foram: Ebrima, Jasmine UPC e Jellyka BeesAntique Handwritting Regular.

O fundo composto pelas características principais do autor foi formado através da fonte Ebrima e careado afim de não atrapalhar o que viria por cima. A fonte utilizada foi escolhida por sua simplicidade (outra característica que faz alusão à Caeiro).

A árvore, que remete a natureza citada em diversos poemas do autor, teve o tronco composto pelo poema e foi feita em fonte Jasmine UPC destacando novamente a simplicidade de Alberto. Já a parte superior teve em sua composição a utilização da fonte Jellyka BeesAntique Handwritting Regular por ser clássica e bela como a natureza.


A terceira experiência se inspirou na poesia de Álvaro de Campos. O heterônimo de Pessoa se destaca nesta fase pela exaltação da modernidade, por isso a composição objetivou relacionar o clássico com a a modernidade. As fontes utilizadas: You are loved, Jokerman e Jellyka BeesAntique Handwritting Regular.

A fonte Jokerman foi utilizada no o que fez as porcas representando a era industrial.

You are loved foi usada no r-r-r-r que representou o poema e também a brutalidade das máquinas.

E a parte clássica e suave para balancear foi parte da poesia escrita na fonte Jellyka BeesAntique Handwritting Regular.


É fundamental ressaltar que tive muita dificuldade em realizar a proposta e que a fiz da melhor maneira possível e foi por isso que esta só foi postada agora.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Proposta 3 - Memória descritiva

A terceira proposta tem como objetivo evidenciar a importância da cor na transmissão da mensagem.
Após escolher três composições visuais, deveriamos modificar o sentido contido nelas alterando apenas suas cores.
A primeira imagem que escolhi foi uma campanha do greenpeace que está utilizando apenas tonalidades de preto e branco. Em minha interpretação, ela faz alusão ao fim do mundo ao relacionar um homem cortando a árvore com a escuridão. Refere-se a natureza como algo fundamental para a existência de cor e vida e a simboliza através da árvore que está a ser cortada.





Através da adição de cores à imagem esta ganha vida e se torna alegre. Perde totalmente o sentido original, que era de destruição e morte, adquirindo vivacidade e o encantamento provindo da beleza da natureza.
A segunda imagem é uma campanha do WWF a respeito da preservação da água. Para motivar e chamar atenção a propaganda utiliza um porco que se assemelha àqueles de barro que servem de cofres.





Com a alteração da cor azul que remete a água para a cor vermelha o anúncio perde o sentido de guardar água e ganha de guardar sangue (passível para uma campanha de doação de sangue) ou preservar a vida de animais.
A terceira imagem é outra da WWF. Nela o balde caído e o líquido cinza que cai dele remetem a poluição e ao derramamento de esgoto nos rios.





Modificando as cores da imagem esta ganhou sentido positivo. O esgoto foi transformado em rio e as cores da paisagem foram evidenciadas de maneira que a imagem se torna alegre.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Contextualização Proposta 2

Ricardo Reis

A poesia de Ricardo Reis, um dos três mais famosos heterônimos de Fernando Pessoa, é inspirada pela clareza, equilíbrio e espírito clássico. Ela procura alcançar a paz e o equilíbrio, mas sem sofrimento e dor.
Para atingir tais critérios esta se baseia na autodisciplina e nas seguintes doutrinas gregas:
Epicurismo – que tem como características o fatalismo (morte como única certeza da vida), carpe diem (aproveitar a vida e todos os seus prazeres sem se preocupar com o futuro) e a fuga da dor (sobreposição da razão à emoção).
Estoicismo – tem como ideal a apatia e que pretende alcançar a felicidade através do domínio das paixões (refuta o amor para que nada pertube a razão e a serenidade) e aceitação da ordem universal das coisas (conformismo de pensar a vida como efémera, um caminho para a morte, mas sem angústias em aceitá-la).
Reis faz uso frequente de alusões mitológicas. Ainda existem outras características temáticas das composições do poeta como: harmonia entre o epicurismo e o estoicismo, procura da ataraxia, elogio da vida campestre, obsessão da efemeridade da vida, etc. Além disso, os poemas possuem caráter moralista e exortativo.
Em relação aos aspectos formais o poeta trabalha com linguagem culta e precisa e sem muita espontaneidade. Também faz muito uso do hipérbato (inversão dos termos da oração), gerúndio, imperativo, subordinação, formas estróficas e métricas de influência clássica, advérbios de modo.


Alberto Caeiro


Alberto Caeiro despreza qualquer tipo de pensamento filosófico, pois para ele este obstrui a visão de maneira que quando pensamos entramos em um mundo complexo e problemático de incertezas e obscuridade. Por isso, ele se considera um poeta anti-metafísico.
O heterônimo de Pessoa ainda opta por enxergar apenas a realidade de forma objetiva e natural. Ele se detaca por sua simplicidade, por considerar a realidade como única sensação possível, pelo interesse pela natureza e pelo uso constante o verso livre e linguagem simples e familiar.
Em relação ao aspecto linguístico Caeiro se destaca pelo estilo discursivo, pendor argumentativo, transformação do abstrato em concreto através da comparação, uso do substantivo concreto, liberdade na utilização das estrofes e métrica, ausência de rima e utilização predominante do presente do indicativo.
Outras características de sua poesia são: o conseguir pensar sem sentir - o que lhe permite viver sem dor, envelhecer sem angústia e não se desesperar com a morte, não procurar encontrar sentido para a vida – e a aceitação e contemplação da realidade como ela é e refutando a subjetividade, introspecção e misticismos.
Além disso, há ligação com a natureza, temporalidade estática – viver apenas no presente, sem se preocupar com passado ou futuro – e a crença de que as coisas não tem significado, mas sim existência.

Álvaro de Campos

Álvaro de Campos teve suas obras distribuídas em três fases: a decadentista, a modernista e a negativista.


1ª Fase - Decadentista

Nesta fase, a qual se aproxima mais da poesia do final do século, o poeta exprime o tédio, o cansaço e a necessidade de novas sensações. Além disso, a fase exprime náusea, abatimento. A principal característica da poesia dessa fase é a falta de sentido para viver e a fuga da monotonia.
Primeiramente, Campos de aproximou do dacadentismo através do simbolismo, mas logo passa para o futurismo.


2ª Fase – Futurista/Sensacionista

Neste período a poesia se destaca pela transgressão da moral estabelecida e da lírica tradicional. Ela tinha linguagem eufórica, com abundância de onomatopéias e contínua exaltação do mundo moderno.
Ocorre a celebração da modernidade e seus recursos, a oposição entre a força e brutalidade das máquinas e a beleza tradicionalmente concebida. Além da exaltação exacerbada do progresso tecnológico.
Durante esta fase, o poeta foi influenciado diretamente pelo estilo de Walt Whitman e Marinetti (Manifesto Futurista).


3ª Fase – Intimista/Pessimista

Esta fase se caracteriza pela incapacidade de realizações que leva ao retorno do abatimento e cansaço.
Os temas principais são: a solidão interior, a incapacidade de amar, a descrença em relação a vida, nostalgia da infância, a estranheza e perplexidade, a frustação e a oposição entre sonho e realidade.
Durante este período, Campos sente-se vazio e incompreendido. Sofre fechado em si mesmo, angustiado e cansado, relembrando a infância de maneira saudosista.

Em relação a linguagem, a poesia se destaca pelos poemas muito extensos ou muito curtos, versos brancos e rimados, assonâncias, onomatopéias, aliterações, ritmo crescente/decrescente ou lento nos poemas de caráter niilista da terceira fase.
Já na fase futurista há excesso de expressão e exagero evidenciado pelas enumerações exageradas, exclamações, interjeições variadas, versos formados apenas com verbos, mistura de níveis de língua, estrangeirismos, neologismos, desvios sintácticos.
Campos ainda faz uso constante de apóstrofes, anáforas, personificações, hipérboles, oximoros, metáforas ousadas e polissíndetos.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Tipografia

Origem

A oralidade existe na humanidade desde seus primórdios. No entanto, a cultura escrita surge com a escrita suméria, gravada em cuneiforme que é paralela a utilização dos hieróglifos pelos egípcios. A busca por uma forma de registro escrito ocorreu devido as necessidades administrantivas da sociedade.
A escrita suméria foi criada pelos Sumérios na antiga Mesopotâmia em 3500 a.c. Ela foi denominada cuneiforme devido aos “símbolos” serem gravados nos diversos materiais através de glifos que tinham formato de cunha. Inicialmente, esta era feita por marcas simples e abstratas gravadas em tábuas de argila e utilizava-se a verticalidade como padrão de leitura.
A cuneiformidade proposta pela escrita suméria serviu de base para muitos outros povos escreverem seus próprios idiomas. Esta escrita, começou com um sistema pictográfico, no qual cada objeto representava uma ideia.
Com o tempo se desenvolveu, na escrita sumérica, o uso de sequências horizontais que ofereciam a possibilidade de rodagem dos pictogramas durante o processo e a utilização de uma nova ferramenta que tornou o processo mais rápido. É interessante destacar que para prover um registro permanente as tabuletas de argila deviam ser cozidas em fornos.
Hoje, até mesmo para os especialistas, é muito complicado decifrar a escrita sumérica ainda existente. Isto se deve ao fato de que na escrita sumérica cuneiforme não havia um padrão de símbolos para significar um mesmo elemento.

Egípcios

O alfabeto egípcio surgiu em 1500 a.c. Era composto por 23 a 24 caracteres fonéticos que representavam as consoantes. Apesar de criar este alfabeto, em detrimento do lado estético e mágico presente nos hieróglifos, os egípcios nunca substituiram estes pelos fonemas criados por eles.

É importante destacar que estes caracteres criados pelos egípcios são a base do alfabeto que utilizamos atualmente.



Fenícios

Os fenícios adaptaram em 1000 a.c. o alfabeto fonético egípcio para uso prático. Isto ocorreu devido a praticidade e superioridade em termos de completude em relação a escrita cuneiforme baseada em pictogramas.



Gregos

Os gregos adicionaram as vogais ao alfabeto fenício gerando desta maneira o alfabeto jónico, que foi padrão de referência para a Grécia Clássica. Os fonemas que representavam as vogais eram anteriormente símbolos fenícios sem valor fonético.
Diferentemente dos outros povos, os gregos já escreviam da esquerda para a direita.

A seguir o alfabeto passou para os etruscos, que teve sua cultura como base da cultura latina.



Romanos

Os romanos, durante a expansão territorial promovida por eles, já habituados a assimilar elementos das culturas estrangeiras adapataram o alfabeto grego/etrusco a sua própria língua e fonética.
Além disso, eles aperfeiçoaram ferramentas de trabalhar a pedra desenvolvendo assim as patifas ou serifas, já que as letras romanas eram esculpidas na maior parte do tempo.
Eles ainda desenvolveram diversos tipos de letra:
- Capitalis Quadrata (versais cinzeladas em pedra; lápides…);
- Rústica;
- Cursiva (documentos em papiro et al.);
-Redonda ou Uncial (Utilizada na Idade Média e é a evolução da Capitalis Quadrata mais arredondada… Utilizada por Escribas Latinos e Gregos).



O alfabeto romano é o que usamos atualmente, tanto foneticamente quanto em relação a forma e estética da escrita.

Proposta I

Tive muita dificuldade em executar a proposta I. Havia escolhido a música e sabia o que ela me passava e o que eu deveria transmitir através da composição, mas não consegui formular a proposta.
Após conversa com o professor passei a observar mais os elementos básicos da comunicação no dia a dia. Desta forma temtei captar da melhor maneira o que o era observado em questão de elementos e o que eles, em conjunto, me transmitiam.
Finalmente, consegui executar a proposta I.
Escolhi a música firework de Katy Perry, que me transmite enrgia positiva, esperança, liberdade e uma busca constante de simplesmente viver e ser feliz com o que se tem.
Como elementos visuais utilizei a linha por sua uma enorme energia. Para mim, ela representa a inquietude da busca pela felicidade simples e da aceitação própria que a música sugere.
Apesar de ser uma busca a música reforça o fato de sermos completos com o que nós somos de sermos decisivos e termos propósito e direção assim como a linha.
As formas circulares propostas na composição transmitem infinitude, calidez, proteção e a referência horizontal-vertical externaliza a sensação de bem-estar e maneabilidade presente na música em relação a nós mesmos.
As cores escolhidas para a composição englobam o amarelo, é a cor que se considera mais próxima da luz e do calor, o vermelho - mais ativa e emocional; o azul é passivo e suave. Estas se relacionam com as emoções passadas pela música e estão em presentes em diversos tons.
Além disso, as técnicas utilizadas por se enquadrarem nos sentimentos propostos pela música principalmente foram: profusão (detalhamento visual de formas básicas, ornamentação, enriquecimento visual, poder, riqueza), exagero (profusão, extravagância, intensificação, amplificação), espontaneidade (falta de planejamento, impulsividade, liberdade, participação, movimento) e acaso (ausência de planejamento, desorganização intensional ou acidental, naturalidade, liberdade).



quarta-feira, 23 de março de 2011

Técnicas de Comunicação Visual

A comunicação visual se utiliza de técnicas para conseguir transmitir aquilo que se deseja em um projeto visual. As chamadas técnicas de comunicação visual estão presentes em todas as experiencias visuais, sejam elas utilizadas de maneira correta ou não. Elas auxiiam no controle do que se objetiva ao passar as informações e na transmissão destas mensagens. Além disso, elas influenciam na compreensão, interpretação e percepção do usuário do conteúdo.

Equlibrío: harmonia e estabilidade.



Instabilidade: ausência de equilíbrio, inquietação, provocação e movimento.



Simetria: equilíbrio axial, lógica, simplicidade e estático.



Assimetria: equilíbrio precário (compensação), emoção, complexidade e movimento.



Regularidade: uniformidade, ordem, constante, invariável e rigidez.



Irregularidade: inesperado e insólito.



Simplicidade: ordem, imediatez, uniformidade.



Complexidade: desorganização e poluição visual.



Unidade: diversos elementos formando uma totalidade, equilíbrio e harmonia.



Fragmentação: decomposição de elementos de um conjunto, movimento, estímulo e variedade.



Economia: unidades mínimas, pobreza e pureza.



Profusão: detalhamento visual de formas básicas, ornamentação, enriquecimento visual, poder e riqueza.



Minimização: máxima resposta a partir de elementos mínimos.



Exagero: profusão, extravagância, intensificação e amplificação.



Essas foram portanto algumas técnicas e suas exemplificações.
Percebemos através dos exemplos que as técnicas estão presentes nas composições visuais seja de forma consciente ou inconsciente. Além disso, elas tem enorme influência na compreensão feita pelos indivíduos daquilo que se quer passar através da composição.